sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vontades

Vendeu-me horas...
E da mesma forma que as comprei,
as esqueci.
Consumo efêmero...
Vontade passageira,
coisa que eu pedi a vida inteira
que não me alimentou nem por vagos minutos.
Em um sonolento embriagar de ilusões
engasguei-me com o desnecessário
e deparei-me com a auto-humilhação.
Agora, desposada comigo mesma,
em minhas ileais condições de fidelidade
aguardo um novo desejo de possibilidades.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Papéis

Um refúgio,
Um universo maior, mais profundo
Sem sair da Terra, mas muito longe de mim.
É um orgulho não ser comum
Num mundo à beira de um surto
E ser arquiteta de uma outra dimensão
E desta, ser toda imperatriz.
Há então nela, cores,
e há luzes no que componho
Pincéis, lápis e giz.
Eu risco, escrevo e desenho, enfim.
Ainda há em meio esta loucura
uma alma poeta dentro de mim
É para onde devo fugir
Quando me vejo em destroços e redemoinhos
quando me escuso no meio do caminho.
Versos, ventos, sopro e espírito.
Não despetá-lo flores,
No meu mundo este caminho é inverso.
Quando piso no jardim, o campo vibra,
As borboleta me fazem cócegas,
E o tempo existe,
Mas é breve e eterno,
em forma de linhas

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Estrelas


Imagem fotografada em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Maio de 2008

No primeiro ano do ensino médio, estudando física, meu professor comentou que não existiam estrelas cadentes: tudo aquilo era "apenas" um fenômeno astronômico gerado por colisões tão fortes entre objetos galácticos que faziam riscos no céu devido ao aquecimento do atrito entre eles quando se coincidiam.
Mas eu nunca fui assim, tão científica, e me perguntei porquê as pessoas tentam ficar tão distantes da beleza das coincidências.
Para mim, o professor foi um desafortunado ao me dizer isto. Foi mais pesaroso sentir a frieza da ciência, do que descobrir que Papai Noel não existe. Mas aceitei, ou não, afinal, continuo fazendo em pensamento meus desejos pelas minhas aspirações mais íntimas e secretas.
Há algumas semanas atrás, comentei o céu com um amigo. Como ele estava estrelado! Como estava belo! E como eu daria a vida para que o céu se mantivesse em noite para sempre.
Por tudo que é mais sagrado, se realmente houver o dia após a morte, e Deus me deixar realizar um sonho, eu lhe pediria para pegar cada uma delas com minhas próprias mãos!!! Eu as espalharia pelo céu, mas um pouquinho mais perto da Terra, para o decorar de forma com que, nós mortais pudéssemos nos confortar depois de um dia esmagador.
Me vendo como uma maluca, lunática, este amigo me disse, que aquilo era o céu, e estava sempre ali, e que não faria a menor diferença pra ele se as estrelas estivesse perto de nós ou não, afinal, elas só eram gás e forma de pontinhos.

Desta vez eu me preocupei e, me perguntei se para todos, as estrelas são realmente apenas partículas colossais de moléculas, átomos, elétrons, surgidas de explosões, sabe-se lá do quê.
Para mim, é intragável pensar assim.
E comecei a reparar como o homosapiens, serzinho familiar aos primatas (que se diferem apenas pelo fato de nao serem quadrúpedes e por nao terem tamanha quantidade de pêlos), são audáciosos: tudo quer descobrir, para tudo dominar... que espécie corajosa!!! E indo mais a fundo, me perguntei, se isso era audácia ou se era medo. E aí concluí que toda a natureza se tornou banal por causa da desmistificação.
E, então tudo deixou de ser tão belo aos olhos do mundo, e tudo foi se foi se tornando tão pouco. A lua se tornou terra firme, o sol, se tornou uma fonte, as estrelas, meros gases...
Mas, enfim, sendo tudo cietífico ou idealizador, é sábio considerar que a natureza sempre nos apresenta espetáculos fantásticos...Pena que são poucos os que assistem...

Gabi, o gato e a bruxa




Um stopmotion bm ruinzinho q fiz com minha irma Carol. O roteiro eh bem engraçadinho, a dublagem também, mas a edição e a luz tão bem mais ou menos...de qualquer forma, está aí...

Origamis

As memórias se juntaram
e tomaram formatos de dobraduras...
nao se encolheram...
mas empilharam-se em formas alegres...
em símbolos,
em cores...
tornando-se em único objeto,
Cada dobra um suspiro,
cada forma um agito
de uma única lembrança
de eternos valores...

Nostalgia




Na ideia de acreditar que é bom manter as fontes de inspiração sempre visíveis, ainda que implícitas, estou postando este vídeo para que conheçam um pouco sobre o que sou, muito embora não seja uma tarefa muito difícil paa quem lê meus versos...
De qualquer maneira, acho interessate que conheçam Julia Kotowski, alma complementar a minha, que fica na cidade de Amsterdam. Bem, sintam-se convidados a participar desta viagem assistindo á este vídeo. Bons sonhos.

Conclusões

O amor é real, simples e justo...
A sua realidade nao se refere a materia, mas a sua existencia
O amor existe quando é respeitado,
o amor, meu caro, é sutil, razao sagrada...
Sua simplicidade refere-se à pureza...
puro como o beijo de uma criança, sincero e sem condições...
esta simplicidade esconde sua verdadeira nobreza...
Justo pois, meu leitor!
justo por mesmo nao querendo o troco, o amor sabe ser igualitário...
dele, recebemos tudo aquilo que merecemos,
nao se engane,
o amor é travesso e sabe corresponder com verocidade as suas circunstancias
ainda há outra caracterisctica que arrisco dizer
e que a principio você vai questionar...
Amigo, o amor é eterno!!!
Devido sua realidade, simplicidade e justiça...
o amor nunca será esquecido...
como uma velha fotografia, sempre suspiraremos ao relembrá-lo...
as saudades, as alegrias e as tristezas fazem partem de nós...
nós somos o amor...

Palavras de menina

Ela se cobria de pejo
e com um ingenuo segredo
Arriscou-se ao lápis
Seu desejo declarar

E já sem amrgura,
e com delicada ternura
a menina se encantava
com voz de veludo a cantar

e já sem medo de alçar longe
com verbos e encantos aos montes
a menina em febre desabafou
coisas que a gente cala
coisas que a sociedade negou

tudo aquilo que escondia
toda dor virou poesia
encarregada de palavras fortes,
mas palavras de menina

e todo seu romance
me parecia de tao facil alcance
que nela eu pude acreditar
eram palavras de honra
mas o homem ainda demora
a deixar o amor em primeiro lugar

ela escrevia a honestidade
que em ato nao tem sinonimo
e clamava por igualdade
e lembrando que a verdade nao é um fenômeno

E musicou seus versos
Esses sonhos singelos
que estavam imersos em uma folha
Fazendo-nos crer que viver uma ilusao era sua escolha

Resposta a valsa, de Gabriela Sartomen

Rodopie, oh bailarina!
Pouse um pé na terra
suspenda o outro no ar...
Gire, sinta o mundo rodar...
Solte seus braços
e eleve sua face!
Numa melodia doce a delirar
Pingue seus passos
abra um sorriso
Como se nao houvesse esforço em seu corpo
dance, formosa dançarina
como se eu fosse seu músico...
e solte seu cabelo,
deixe-os embaraçar...
Canta, menina,
mas cante até o sol raiar

Existências

Existências
Trovão,
trovoe!
Faça os astros vibrarem!
Chuva...
chovei!
E que cada pingo d'água sirva para que eu lave minh'alma...
Relampago,
lampeje,
faça relampear!
E que seu brilho,
este que ilumina minha escuridão,
me sirva como orientação!
E lave minhas ruas, chuva boa!
Lave para retirar as pragas da solidão,
a sujeira da vaidade...
E que gritem seus ventos!
E que eles ensuderçam o que não se há para escutar
E que façam voar aquilo que pesa,
aquilo que nao nos deixa sonhar...

Turbilhão

O todo leva à parte
E a parte, ao todo...
Mas não me contento com pouco
Aliás, não me contento com nada...
Espero que seja a maldita adolescência,
Espero que se acabe a armadilha da aparência!
Não quero tudo, não quero nada,
Eu quero algo além de tudo
Eu quero algo menos que nada!
Talvez algo ainda indefinível,
Acho que ainda nem sei o que quero!
Queria força para fazer meu futuro,
Mas queria viver do passado
E o que fazer deste presente?
Que bom presente não é!
Pois do que se passa, náo dá para sonhar...
O que há nele de bom?
Basta, então, somente me arriscar...
Mas se me arrisco e não dá certo,
Volto a olhar para trás...
E se consigo, quero ir ainda mais à frente!
Pois então ele pouco vale,
Ou talvez muito,
Ou talvez nada,
Ou talvez tudo...