segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O encontro

A busca pelo amor é exatamente como aquela sensação que temos ao perder um objeto: nos enfurecemos, praguejamo-lo, e no momento em que nos distraímos, percebemos que na verdade o objeto estava na mão esquerda o tempo todo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Dogmas

O ser humano nasce, cresce, reproduz e morre. E já que não tem mais o que fazer, ele vive...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Enquanto mulher

A primeira pista que indica a trasformação da menina para a mulher, não é quando ela abandona a boneca ao relento, mas sim, quando seu coração sofre a primeira desilusão.

domingo, 8 de agosto de 2010

O caminho certo

E, eu no meio de um turbilhão de indecisões, de inconclusões, daquilo que me afligia o espírito, recorri ao meu melhor amigo para lhe pedir um conselho. Ele, sabiamente me disse:
-Faça tudo, Ju.
E acrescentou:
-Só não siga seu coração!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Comprometimento

Para amar, é necessário assumir uma grande responsabilidade. Para ser amado, é preciso assumir uma outra ainda maior.

sábado, 26 de junho de 2010

Por entre seus labirintos

Nao se esqueça que ecôo
Por entre todos os seus vazios...
Que lhe dilatei as veias,
Pulsei em teu corpo,
Percorri por todo seu sangue!
Nao esqueça que pertubei os sonhos seus,
Nao esqueça que eu sei seu segredo mais íntimo!
Observo seus passos, conheço seu sorriso
Nao esqueça que eu conto, e que eu não minto...
Não deixe de lembrar que lhe fiz a vida um inferno!
Não esqueça, amor, para que nosso olhar seja eterno...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ainda se discutindo o amor

O amor só existe quando estamos no estado de plena harmonia. Quando há nele algo de errado, há nele algo de profano!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Renúncias

É difícil dizer adeus a alguem que você jamais se imaginou viver sem. Eu não disse adeus! Eu não disse nada! Apenas fui embora. E resolvi voltar pela estrada mais longa afim de que a preguiça me fizesse pensar num possível retorno.
Mas é necessário aprender a dizer não àquilo que lhe traz felicidade também. Não digo orguhosa por ter conseguido superar esta lição. Pelo contrário, digo humilhada por saber que sou incapaz de executá-la. Quando pensamos somente em nossa própria felicidade, tampamos os olhos com uma venda e fingimos que o mundo que não nos compreende. Trocamos os valores e colocamo-nos como o centro de nosso universo. É aí que mora o perigo. É aí que as pessoas acabam se tornando como s(ão)ou.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Espera sem sentido

Algumas trilhas depois de muito pisoteadas não são capazes de fazer brotar uma grama. Quem dirá uma flor!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Boneca Velha

Pedaço de pano encardido,
Os fios de cabelo não mais esvoaçantes
a despostura uma boneca quebrada.
O que por vezes não sangra nos olhos,
chora no coração.
Ela já nem gira o bambolê ao seu entorno
Mas é como se ele ainda girasse em volta de mim,
E trocou nossas conversas por meias-horas no espelho...
Já quase em desuso,
e largada no cantinho escuro do quarto,
me aninho com o coração despedaçado,
a espera de que a noite chegue
eu ganhe seu abraço
(O que já não é mais tão constante)
Mas, para me consolar,
penso que, ao menos, não estou entulhada em um baú.
Ela se deleita em brincadeiras já não tão inocentes
e de quando em quando,
me afaga e conta sobre seus sonhos,
tomando devagarinho, alma e corpo de mulher
Nem sei se fico feliz, nem sei se fico triste.
Pois de imediato, ainda vejo que faço parte de sua vida,
Mas sei que em breve, serei apenas uma lembrança esquecida.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Brindes

Hoje, no final de um seminário, houve até um sorteio! Desta vez, nem me animei: nunca fui fortuita no que se diz respeito de sorte.

Dono dos pés

O dono de meus pés se esqueceu de calçá-los com meias.

domingo, 23 de maio de 2010

Emaranhado


Sugeriu-me uma proposta:desafiou-me um risco e, como recompensa, me daria um prazer instantâneo. Não viro as costas para aventuras, eu as uso para poder escrever. E, como escritora apaixonada, cedi-me às infiéis estradas do desejo, do sabor e da curiosidade.
E o risco foi tão enorme, que dele não pude me retirar: a adrenalina do erro e do pecado não me permite qualquer escapatória. Foi tão sórdido e tão profano, que causou-me agrado e aperto, vontade e medo, angústia e afeição. Em tão contraditório percurso me perco. Sempre gostei da sensação de estar perdida, aflita, pois me sugere um problema a solucionar, como que em um desembaraçar de nós de novelos de lã,desemaranhar pulseiras, desenlaçar colares.
Mas temo arrebentá-los, pois leva-me a reconhecer a incompetência. E que ego suporta a agonia da submissão?
Não sei o que virará do nosso amor, meu bem, mas pressinto que estou quase a arrebentar nosso cordão.

sábado, 22 de maio de 2010

Devaneios


Não é incrível reparar que estávamos em pensamento pleno, meditativo e silencioso quando em um pequeno susto depertamos ao ouvir a geladeira fazer seu barulho constante? Uma pena só reparar nosso corpo-ausente e pensamento-presente, momento tão difícil de ser chegado, quando este pequeno susto nos acorda. Mas é interessante darmo-nos conta de que é possível chegar a estes devaneios de quando em vez.
Parafraseio Rousseau, "para que o coração esteja em paz, é necessário que não estejamos em repouso absoluto, nem em agitação demasiada, mas movimento, uniforme e moderado, sem alavancos e intervalos.".

Equilíbrio

E quem disse que o cigano, embora passeante e instável nao é na verdade, um eterno sonhador?

Para o andarilho, paz, é o momento que em sua caminhada, nenhum sentimento forte ou desnecessário lhe interrompa a meditação. Mas a paz não é também o silêncio absoluto, pois este conduz à tristeza e trna a caminhada quase infinita. Paz é o não-momento, é o equilíbrio entre o corpo e a alma. Paz, é saber trazer a calma ao caos a sua volta emitindo-a a partr de sua própria atitude.

E quem disse que o ator, embora gracioso, na verdade, não é um eterno pensador?

Para o artista, paz, é o equilíbrio entre o trágico e o cômico, entre a luz e a matéria, é dar a uma expressão silenciosa um diálogo infinito, é saber usar desta estratégia para conscientizar os demônios ao redor.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Infância

Nas palavras fez-se lembrar
do silêncio da brisa do mar
que me contou os segredos mais profundos de almas inocentes,
eram três, mas eram uma alma só:
alma de Poliana
perfume de rosas,
Gabriela, Carolina e Juliana.
Estrelas caindo e um pedido:
aquela música que as faz delirar!
Sussurro: escuto três meninas a cochichar
Braços, pernas e cabelos a desgranhar.
Shhh...
as meninas já puseram-se a descansar!

domingo, 9 de maio de 2010

Covardia

Estava frio.
Sim, o tempo permitia uma dosagem generosa de romantismo.
Estava aninhada em minhas cobertas,
Com os cachos em desalinho.
E ouvia o som nostálgico de Kings de longe.
Eu nem chorava, só fixava os olhos no vazio,
Procurando nele um movimento,
Ou também um repouso.
Era como se faltasse uma lembrança...
Todos conhecem a sensação da solidão!
E, sabem, que nem sempre ela é uma emoção ruim.
Às vezes, aliás, ela é necessária.
E neste dia eu precisava senti-la.
Nem sei porque, mas eu a pedi.
E pedi também que uma única gota de lágrima viesse percorrer pela minha face.
E senti escorrê-la.
No voar dos meus pensamentos,
Lembrei-me das minhas virtudes
E também dos meus defeitos, e quantos eram!
E o que eu mais me embaracei foi o que se dizia a respeito do medo.
Eu não tenho medo de ninguém, mas temo as palavras!
Antes mesmo delas serem ditas...
Entre o sim e o não,
A angústia da curiosidade, a febre da ansiedade.
Palavras me amolecem o joelho,
Me deixam trêmula,
Tornam-me covarde.
E depois da tortura de ouvi-la,
Acaba-me a paixão,
O mistério do desconhecido.
E de tudo, o que mais temo, é o "sim".
Ele torna as coisas tão próximas,
Fere o platônico,
Torna o inatingível vulgar.
O "não" me desorienta, me deixa raivosa e me enoja também.
De tudo, então, percebi
Que prefiro me recolher na distância da incerteza,
Alimentando, assim, meus possíveis e impossíveis sonhos,
Perdidos pelos meus momentos oportunos de solidão.

Mais a(o) fundo

"Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos." (Ethel Mumford)

É confortador, mas infeliz, a hora em que percebemos que temos (ao menos) este direito.

Desconhecido

Sonhei que matei um homem.
Às vezes me surpreendo com o meu subconsciente! Com minhas vontades.
Neste sonho era tão simples, nem senti remorso, nem me emocionei. Foi simples, frio e merecido. Em alguns segundos de força, todo o problema tinha sido resolvido.
É incrível poder ser e fazer como queremos na imaginação.
No meu sonho, eu poderia até ter arrancado a vida do homem com a arma que eu carregava, mas preferi fazer com as próprias mãos, para sentir o prazer de estar resolvendo aquilo que antes, ao meu ver, não foi resolvido de maneira justa.
Mas me pergunto até onde vai a minha capacidade de suportar o insuportável. De fingir que não sinto dor, de estufar o peito e fingir que sou maior que a humilhação aceita.
Para isto me serve o pesadelo. Para extravazar a loucura e fazer aquilo que tenho por mim, justo. É tão vicioso viver neste mundo onde eu comando. É tão mais interessante ser quem sou e, ao mesmo tempo, não saber exatamente quem sou.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sede

-Eu hoje tomei pouca água, Bel.

Saí com minha amiga para ir ao bebedouro mais proximo ao laboratório e bebi apenas aquilo que o tempo me permitia: um gole.
O problema de ser tão pouco, é que parece que dá mais sede!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Isqueiro

Eu o observava e sorria imaginando
Era somente um isqueiro
E mal funcionava!
Não conseguia manter acesa sua chama
E ele, por algum motivo se escondeu em minha bolsa.
Pena ser tão somente o isqueiro
E que tudo fez-se somente lembrança.
Perigo é querer me lançar nela
E não querer voltar mais.
Era quase dia,
mas a ilusão quase demoníaca
se agarrava ao céu para a lua ficar lá,
intocável.
E foi um olhar que me despertou deste sonho,
Pois era forte e tênuo,
Com algum teor de sarcasmo
Umidecido pelos goles de álcool que seu dono tragou.
Ele trazia consigo palavras serenas
E tinha em si uma notável alma-poeta
Foi o que minha curiosidade acusou.
Mas não era de todo ingênuo.
E foi acreditando em uma de suas travessuras,
Não tão inocentes,
Que a sorte me abriu um belo sorriso.
E como menina solta,
o coração já acelerou, pedindo calor em demasia!
Não fora só o isqueiro que a proporcionou,
Mas a neblina também não me falhou na companhia!
Quase como um vampiro,
Fez-se sombra ao surgir da aurora,
Mas lhe tenho um amuleto
Para gravar seus beijos na memória...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vontades

Vendeu-me horas...
E da mesma forma que as comprei,
as esqueci.
Consumo efêmero...
Vontade passageira,
coisa que eu pedi a vida inteira
que não me alimentou nem por vagos minutos.
Em um sonolento embriagar de ilusões
engasguei-me com o desnecessário
e deparei-me com a auto-humilhação.
Agora, desposada comigo mesma,
em minhas ileais condições de fidelidade
aguardo um novo desejo de possibilidades.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Papéis

Um refúgio,
Um universo maior, mais profundo
Sem sair da Terra, mas muito longe de mim.
É um orgulho não ser comum
Num mundo à beira de um surto
E ser arquiteta de uma outra dimensão
E desta, ser toda imperatriz.
Há então nela, cores,
e há luzes no que componho
Pincéis, lápis e giz.
Eu risco, escrevo e desenho, enfim.
Ainda há em meio esta loucura
uma alma poeta dentro de mim
É para onde devo fugir
Quando me vejo em destroços e redemoinhos
quando me escuso no meio do caminho.
Versos, ventos, sopro e espírito.
Não despetá-lo flores,
No meu mundo este caminho é inverso.
Quando piso no jardim, o campo vibra,
As borboleta me fazem cócegas,
E o tempo existe,
Mas é breve e eterno,
em forma de linhas

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Estrelas


Imagem fotografada em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Maio de 2008

No primeiro ano do ensino médio, estudando física, meu professor comentou que não existiam estrelas cadentes: tudo aquilo era "apenas" um fenômeno astronômico gerado por colisões tão fortes entre objetos galácticos que faziam riscos no céu devido ao aquecimento do atrito entre eles quando se coincidiam.
Mas eu nunca fui assim, tão científica, e me perguntei porquê as pessoas tentam ficar tão distantes da beleza das coincidências.
Para mim, o professor foi um desafortunado ao me dizer isto. Foi mais pesaroso sentir a frieza da ciência, do que descobrir que Papai Noel não existe. Mas aceitei, ou não, afinal, continuo fazendo em pensamento meus desejos pelas minhas aspirações mais íntimas e secretas.
Há algumas semanas atrás, comentei o céu com um amigo. Como ele estava estrelado! Como estava belo! E como eu daria a vida para que o céu se mantivesse em noite para sempre.
Por tudo que é mais sagrado, se realmente houver o dia após a morte, e Deus me deixar realizar um sonho, eu lhe pediria para pegar cada uma delas com minhas próprias mãos!!! Eu as espalharia pelo céu, mas um pouquinho mais perto da Terra, para o decorar de forma com que, nós mortais pudéssemos nos confortar depois de um dia esmagador.
Me vendo como uma maluca, lunática, este amigo me disse, que aquilo era o céu, e estava sempre ali, e que não faria a menor diferença pra ele se as estrelas estivesse perto de nós ou não, afinal, elas só eram gás e forma de pontinhos.

Desta vez eu me preocupei e, me perguntei se para todos, as estrelas são realmente apenas partículas colossais de moléculas, átomos, elétrons, surgidas de explosões, sabe-se lá do quê.
Para mim, é intragável pensar assim.
E comecei a reparar como o homosapiens, serzinho familiar aos primatas (que se diferem apenas pelo fato de nao serem quadrúpedes e por nao terem tamanha quantidade de pêlos), são audáciosos: tudo quer descobrir, para tudo dominar... que espécie corajosa!!! E indo mais a fundo, me perguntei, se isso era audácia ou se era medo. E aí concluí que toda a natureza se tornou banal por causa da desmistificação.
E, então tudo deixou de ser tão belo aos olhos do mundo, e tudo foi se foi se tornando tão pouco. A lua se tornou terra firme, o sol, se tornou uma fonte, as estrelas, meros gases...
Mas, enfim, sendo tudo cietífico ou idealizador, é sábio considerar que a natureza sempre nos apresenta espetáculos fantásticos...Pena que são poucos os que assistem...

Gabi, o gato e a bruxa




Um stopmotion bm ruinzinho q fiz com minha irma Carol. O roteiro eh bem engraçadinho, a dublagem também, mas a edição e a luz tão bem mais ou menos...de qualquer forma, está aí...

Origamis

As memórias se juntaram
e tomaram formatos de dobraduras...
nao se encolheram...
mas empilharam-se em formas alegres...
em símbolos,
em cores...
tornando-se em único objeto,
Cada dobra um suspiro,
cada forma um agito
de uma única lembrança
de eternos valores...

Nostalgia




Na ideia de acreditar que é bom manter as fontes de inspiração sempre visíveis, ainda que implícitas, estou postando este vídeo para que conheçam um pouco sobre o que sou, muito embora não seja uma tarefa muito difícil paa quem lê meus versos...
De qualquer maneira, acho interessate que conheçam Julia Kotowski, alma complementar a minha, que fica na cidade de Amsterdam. Bem, sintam-se convidados a participar desta viagem assistindo á este vídeo. Bons sonhos.

Conclusões

O amor é real, simples e justo...
A sua realidade nao se refere a materia, mas a sua existencia
O amor existe quando é respeitado,
o amor, meu caro, é sutil, razao sagrada...
Sua simplicidade refere-se à pureza...
puro como o beijo de uma criança, sincero e sem condições...
esta simplicidade esconde sua verdadeira nobreza...
Justo pois, meu leitor!
justo por mesmo nao querendo o troco, o amor sabe ser igualitário...
dele, recebemos tudo aquilo que merecemos,
nao se engane,
o amor é travesso e sabe corresponder com verocidade as suas circunstancias
ainda há outra caracterisctica que arrisco dizer
e que a principio você vai questionar...
Amigo, o amor é eterno!!!
Devido sua realidade, simplicidade e justiça...
o amor nunca será esquecido...
como uma velha fotografia, sempre suspiraremos ao relembrá-lo...
as saudades, as alegrias e as tristezas fazem partem de nós...
nós somos o amor...

Palavras de menina

Ela se cobria de pejo
e com um ingenuo segredo
Arriscou-se ao lápis
Seu desejo declarar

E já sem amrgura,
e com delicada ternura
a menina se encantava
com voz de veludo a cantar

e já sem medo de alçar longe
com verbos e encantos aos montes
a menina em febre desabafou
coisas que a gente cala
coisas que a sociedade negou

tudo aquilo que escondia
toda dor virou poesia
encarregada de palavras fortes,
mas palavras de menina

e todo seu romance
me parecia de tao facil alcance
que nela eu pude acreditar
eram palavras de honra
mas o homem ainda demora
a deixar o amor em primeiro lugar

ela escrevia a honestidade
que em ato nao tem sinonimo
e clamava por igualdade
e lembrando que a verdade nao é um fenômeno

E musicou seus versos
Esses sonhos singelos
que estavam imersos em uma folha
Fazendo-nos crer que viver uma ilusao era sua escolha

Resposta a valsa, de Gabriela Sartomen

Rodopie, oh bailarina!
Pouse um pé na terra
suspenda o outro no ar...
Gire, sinta o mundo rodar...
Solte seus braços
e eleve sua face!
Numa melodia doce a delirar
Pingue seus passos
abra um sorriso
Como se nao houvesse esforço em seu corpo
dance, formosa dançarina
como se eu fosse seu músico...
e solte seu cabelo,
deixe-os embaraçar...
Canta, menina,
mas cante até o sol raiar

Existências

Existências
Trovão,
trovoe!
Faça os astros vibrarem!
Chuva...
chovei!
E que cada pingo d'água sirva para que eu lave minh'alma...
Relampago,
lampeje,
faça relampear!
E que seu brilho,
este que ilumina minha escuridão,
me sirva como orientação!
E lave minhas ruas, chuva boa!
Lave para retirar as pragas da solidão,
a sujeira da vaidade...
E que gritem seus ventos!
E que eles ensuderçam o que não se há para escutar
E que façam voar aquilo que pesa,
aquilo que nao nos deixa sonhar...

Turbilhão

O todo leva à parte
E a parte, ao todo...
Mas não me contento com pouco
Aliás, não me contento com nada...
Espero que seja a maldita adolescência,
Espero que se acabe a armadilha da aparência!
Não quero tudo, não quero nada,
Eu quero algo além de tudo
Eu quero algo menos que nada!
Talvez algo ainda indefinível,
Acho que ainda nem sei o que quero!
Queria força para fazer meu futuro,
Mas queria viver do passado
E o que fazer deste presente?
Que bom presente não é!
Pois do que se passa, náo dá para sonhar...
O que há nele de bom?
Basta, então, somente me arriscar...
Mas se me arrisco e não dá certo,
Volto a olhar para trás...
E se consigo, quero ir ainda mais à frente!
Pois então ele pouco vale,
Ou talvez muito,
Ou talvez nada,
Ou talvez tudo...