quinta-feira, 29 de abril de 2010

Papéis

Um refúgio,
Um universo maior, mais profundo
Sem sair da Terra, mas muito longe de mim.
É um orgulho não ser comum
Num mundo à beira de um surto
E ser arquiteta de uma outra dimensão
E desta, ser toda imperatriz.
Há então nela, cores,
e há luzes no que componho
Pincéis, lápis e giz.
Eu risco, escrevo e desenho, enfim.
Ainda há em meio esta loucura
uma alma poeta dentro de mim
É para onde devo fugir
Quando me vejo em destroços e redemoinhos
quando me escuso no meio do caminho.
Versos, ventos, sopro e espírito.
Não despetá-lo flores,
No meu mundo este caminho é inverso.
Quando piso no jardim, o campo vibra,
As borboleta me fazem cócegas,
E o tempo existe,
Mas é breve e eterno,
em forma de linhas

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