segunda-feira, 26 de abril de 2010

Estrelas


Imagem fotografada em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Maio de 2008

No primeiro ano do ensino médio, estudando física, meu professor comentou que não existiam estrelas cadentes: tudo aquilo era "apenas" um fenômeno astronômico gerado por colisões tão fortes entre objetos galácticos que faziam riscos no céu devido ao aquecimento do atrito entre eles quando se coincidiam.
Mas eu nunca fui assim, tão científica, e me perguntei porquê as pessoas tentam ficar tão distantes da beleza das coincidências.
Para mim, o professor foi um desafortunado ao me dizer isto. Foi mais pesaroso sentir a frieza da ciência, do que descobrir que Papai Noel não existe. Mas aceitei, ou não, afinal, continuo fazendo em pensamento meus desejos pelas minhas aspirações mais íntimas e secretas.
Há algumas semanas atrás, comentei o céu com um amigo. Como ele estava estrelado! Como estava belo! E como eu daria a vida para que o céu se mantivesse em noite para sempre.
Por tudo que é mais sagrado, se realmente houver o dia após a morte, e Deus me deixar realizar um sonho, eu lhe pediria para pegar cada uma delas com minhas próprias mãos!!! Eu as espalharia pelo céu, mas um pouquinho mais perto da Terra, para o decorar de forma com que, nós mortais pudéssemos nos confortar depois de um dia esmagador.
Me vendo como uma maluca, lunática, este amigo me disse, que aquilo era o céu, e estava sempre ali, e que não faria a menor diferença pra ele se as estrelas estivesse perto de nós ou não, afinal, elas só eram gás e forma de pontinhos.

Desta vez eu me preocupei e, me perguntei se para todos, as estrelas são realmente apenas partículas colossais de moléculas, átomos, elétrons, surgidas de explosões, sabe-se lá do quê.
Para mim, é intragável pensar assim.
E comecei a reparar como o homosapiens, serzinho familiar aos primatas (que se diferem apenas pelo fato de nao serem quadrúpedes e por nao terem tamanha quantidade de pêlos), são audáciosos: tudo quer descobrir, para tudo dominar... que espécie corajosa!!! E indo mais a fundo, me perguntei, se isso era audácia ou se era medo. E aí concluí que toda a natureza se tornou banal por causa da desmistificação.
E, então tudo deixou de ser tão belo aos olhos do mundo, e tudo foi se foi se tornando tão pouco. A lua se tornou terra firme, o sol, se tornou uma fonte, as estrelas, meros gases...
Mas, enfim, sendo tudo cietífico ou idealizador, é sábio considerar que a natureza sempre nos apresenta espetáculos fantásticos...Pena que são poucos os que assistem...

3 comentários:

  1. ano passado numa aula de espanhol eu descobri que "colorado" significava vermelho e então que "Chapolim Colorado" nada mais é que "Chapolim Vermelho" e não o magnífico nome misterioso e personalioso que eu imaginava (COLORADO!).

    Eu ainda lembro da nossa conversa aquele dia no Escobar, aquela conversa tão necessária praquele dia, praquele momento, comendo cró queijo e cró presunto loucamente, debochando da desumanidade da vida.

    Eu sei lá, viu, miga, às vezes eu prefiro não ouvir. Tapar meus ouvidos, não crescer, fingir que não sei, MENTIR. Se não daqui a pouco tudo vai virar um aglomerado de consequencias, as pessoas vao se tornar um aglomerado de psicoses, a natureza vai se tornar uma vasta coleção de nomenclaturas, classes, filos, espécies, ordens e afins. Eu já nem sei quanto da minha felicidade vão tirando pouquinho por pouquinho todo dia.

    E assim a gente vai vivendo ;/

    bêjo, amore, TE AMO MTO

    nem sabia q vc tinha blog sua kenga dps leio os otros posts x@

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  2. Dudu: Hahaha...eu tinha esse blog faz hora já, mas nunca gostei do que escrevo, quando dá a loka apago tudo e o deixo em branco...nao sei o que é! manias!

    Papai: que bom que gostou, ma gostaria que você lesse A Boneca velha...tenho planos a discutir com vc com esta poesia...


    Amo vocês!!!

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